quinta-feira, 30 de junho de 2011

TUDO AO MESMO TEMPO AGORA

Nem me dei conta que faz quase um mês que não escrevo aqui. Confesso que tenho usado mais o Twitter para expressar minhas opiniões( muito mais fúteis do que interessantes). Tenho percebido também como as ideias são reproduzidas na internet e nas redes sociais e cada vez menos as pessoas tem se interessado em ter seus próprios pensamentos. 

E o que tem rolado em nosso país tropical? Bom, nada de novo, ou em outras palavras, mais do mesmo. Mais da mesma corrupção, da mesma troca de favores, da mesma canalhice entre instituições públicas e privadas. Triste filme repetido.

Até mesmo a recente onda de manifestações (de todos os tipos) não tem me animado muito. São movimentos legítimos, mas que são movidos por interesses que não afetam a sociedade como um todo. A miséria continua, a corrupção continua... Não podemos simplesmente dizer: "salve-se quem puder". As diferentes partes que compõe a sociedade não tem a mesma força de coalização e conscientização.

Bom, vou parar por aqui.. não quero dar uma de pessimista. Então fico na torcida para que esses movimentos se unam em torno de um só objetivo: Mudar o Brasil. Pra melhor, é claro

sexta-feira, 10 de junho de 2011

PROJETO PROFISSÕES

Começou hoje, na UFES, mais uma edição do Projeto Profissões. Em suma, o objetivo do projeto seria criar um elo entre o que se produz na Universidade e os estudantes do Ensino Médio. A partir daí, surgiria o interesse do jovem por uma carreira. 

Mas eu disse, seria. Não foi. Pelo menos essa foi a constatação da equipe de professores da EEEM "Irmã Maria Horta", que acompanharam os alunos do 3º ano no evento. Segundo a opinião geral dos professores, faltou ao evento realmente se aproximar da comunidade. Os membros dos vários departamentos de ensino da UFES parecem fazer questão de manterem-se isolados do Ensino Médio. 

Exemplos para isso não faltaram: Disciplinas sem representantes do corpo docente; Alunos mal preparados para interagir com o público; Cursos sendo apresentados de forma simplista (e simplória); Standes sem organização; etc.

Apesar de tudo, a iniciativa é sempre válida. Uma vez que pode proporcionar ao jovem algum alento nesta etapa da vida tão importante. Mas, nem por isso, deixo de registrar as críticas à organização do evento e torcer por mudanças para o próximo ano.

As fotos estarão nos próximos posts.

PS: Foi muito bom rever velhos alunos do IMH, como José Luiz. Hoje, estudante do curso de Letras/Inglês, na UFES. 

terça-feira, 7 de junho de 2011

OS JOVENS BRASILEIROS SÃO "ARROZ DE PROTESTO"?


Matéria publicada no caderno Folhateen, do Jornal Folha de São Paulo (06/06/11), mostra que muitos jovens aderiram aos mais variados protestos em São Paulo sem nem terem uma ideia concreta do que estão protestando, ou sequer mesmo participarem dos grupos reclamantes.

A reportagem classifica os últimos protestos na cidade paulista como um "self-service" de causas, com um cardápio tão variado de ideias como de pessoas.
Enquanto isso, aqui em Vitória, o que começou na quinta-feira, dia 02/06, como uma manifestação pelo passe-livre, transformou-se no dia seguinte em passeata contra o abuso de poder da Polícia Militar. Agregando, assim, não só estudantes, mas variados setores da sociedade.

Então fica aberto o debate: As passeatas devem ter apenas participantes de seus movimentos ou podem ser abertas a todos? É possível ao jovem  se engajar em tantos movimentos sem perder sua identidade?

Vamos lá! Dê sua opinião.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O ESTADO E A VIOLÊNCIA


Na semana que passou e no início desta, os governos dos estados do ES e RJ passaram por uma grava crise envolvendo uma das partes mais sensíveis de seus poderes: a polícia.

No capítulo 6 do livro “Política” é discutido justamente esse tema: O Estado e a Violência. Escrevi na ocasião que o emprego da força não é EXCLUSIVO de regimes fechados, ditatoriais. Assim, o emprego da força, é uma das atribuições do Estado.

O que temos que discutir é de que maneira essa força é utilizada. Ao mesmo tempo que a polícia está resguardando o direito das pessoas de ir e vir e protegendo o patrimônio público, quem se manifesta também tem o direito de ser protegido.

Vale lembrar também que existem outras formas de violência empregadas pelo Estado:A violência econômica, cultural, social praticada pelas elites dirigentes são tão ou mais perversas do que a violência física.

Para além dessa questão da violência, o que se viu foi também a fraqueza do governador Renato Casagrande em NÃO conduzir o episódio. Deixou no ar uma clara impressão que se esconde nas horas difíceis de seu governo. Será que o povo capixaba votaria nele depois desse papelão?