Diz o senso comum que somente a Democracia é capaz de dar condição ao povo de lutar pelos seus direitos.
Pois bem, após 30 anos de poder, num regime de exceção, o presidente do Egito renuncia. Foi necessária uma grande batalha entre o povo (representado em sua mais complexa diversidade) e as forças "legalistas".
Mas o que realmente podemos perceber é que não foi a Democracia que propiciou esse evento de proporções ímpares na História. E sim o fato do povo ter se unido em uma só voz, uma só vontade.
É claro que isso não se consegue do dia pra noite. É um processo longo, complexo, cheio de idas e vindas. E também feito não só por atores locais, mas por internacionais também (interesse americano no governo que agora foi deposto). Mas como diz o ditado: "antes tarde do que nunca".
E como podemos contextualizar o que aconteceu no Egito, com o que acontece no Brasil? A grosso modo, podemos dizer que depois da conquista da Democracia, poucas vezes o povo brasileiro exerceu o seu direito à insatisfação com os governantes, de forma tão veemente como a vista naquele país. (Collor foi o primeiro e talvez único caso).
Então deixo mais uma reflexão no ar para vocês, caros leitores: Por que o brasileiro se acomodou depois de ter conquistado tantos direitos?
PS: Lutar contra o aumento da passagem, ao meu ver, é muito pouco pra uma sociedade que lutou contra os anos de chumbo da Ditadura.
Acho que com o passar do tempo, fomos vendo que a sociedade estava tão conrompida que não valeria a pena lutar por ela. E acho que nós somos os principais culpados. Nossas pequenas ações refletem no país que somos nós. Não somos honestos nem conosco, somos hipócritas, mentirosos, muitas vezes, sem ética. Seria demais exigir que nosso país fosse diferente.
ResponderExcluirE eu boto fé nas pequenas lutas como as contrarias ao aumento da passagem. É pouco? Pode até ser que sim, mas é necessário.
E ainda nos faz pensar "e nós? o que estamos fazendo?"
Pelo menos, eles lutam por algo.
esperamos alguem vir com ideias boas e começar a revolução. enquanto isso, continuamos cochichando pelos cantos nossa indignação. "sentados, a espera de um milagre."
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