A adolescência costuma ser uma fase típica de agitação e contestação. Todos os valores ensinados e pregados por nossos pais e pela sociedade(escola, governo, leis, Igreja) são considerados muitas vezes ultrapassados e caretas. Assim, os valores do grupo, da galera, da turma, da tribo, ou seja lá qual nome tenha o coletivo de adolescentes, é mais valorizado e seguido à risca do que dizem pais e professores.
E é fácil comprovar essa situação, basta entrar numa sala de aula de adolescentes entre 13 e 18 anos e perceber o desrespeito às normas, aos professores, funcionários, ao patrimônio da escola etc. Para os estudiosos da educação e também da psicologia do comportamento a fonte dessa transgressão estaria na falta de limites que a família deveria estabelecer com seus filhos. Mas quais as causas para tal comportamento?
Bom, para começar, com a advento do capitalismo, não só as relações econômicas mudaram. As familiares também sofreram impacto desse novo sistema econômico. As mulheres começaram a trabalhar fora de casa(ampliando sua jornada) e os filhos, à medida em que essa situação aumentava, ficaram cada vez mais sozinhos. Outra causa possível é a mudança na forma da família se constituir. Hoje é cada vez mais comum mães solteiras, que tendo que trabalhar muitas horas por dia para sustentarem as crianças, terem que deixar a educação de seus filhos de lado. Resultado, crescem mimados e sem ninguém com coragem para dizer-lhes o NÃO ( a afetividade acaba sendo trocada pelo brinquedo ou qualquer outra vontade).
Não podia deixar de citar também a escola. Sabemos bem que seu papel anda cada dia mais confuso. Há uma indefinição em relação ao seu papel. Enquanto uns defendem o conteudismo, outros defendem uma escola voltada para a formação do cidadão. No meio desse fogo cruzado, a aluno sente-se perdido. Daí, não ser difícil imaginar que situações de tensão entre o corpo docente e o discente aconteçam.
Para terminar essa lista de causa/efeito, a sociedade em que vivemos hoje também se torna uma vilã na formação de nossos jovens. A a complascência do Estado com os infratores(sejam adolescentes, adultos ou ricos{porque o pobre é quase sempre punido!!}) e principalmente a corrupção que faz sangrar o dinheiro dos impostos, que tanto fazem falta para uma melhor qualidade de vida da população acabam dando a ideia de que, não existam mesmo limites.
Mas como então tentar resolver esse problema? A resposta não é tão simples, mas creio que podemos começar com uma maior participação da família na vida escolar do filho. Assim, a escola teria que apresentar respostas melhores sobre o desempenho de seus alunos e talvez aumente a qualidade do ensino. Por fim, o Estado tem que dar sua contribuição começando pelo simples gesto de cumprir INTEGRALMENTE o que diz o texto de su Constituição.
PS: Comentem o texto. Se quiserem , levem a discussão para a sala de aula. Abs
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ResponderExcluirA questão da rebeldia dos jovens de hoje em dia é um assunto muito discutido,ao mesmo tempo que muito complexo.Lidar com a rebeldia dos adolescentes não é uma tarefa fácil.Para sanar estes problemas,a familia tem que estar sempre ao lado do jovem,apoiando,incentivando,e é claro,corrigindo.E é disso que eles mais desgostam:que sejam corrigidos e privados de fazer algo,sair para determinados lugares... Prender não é solução,mas liberdade sem limites também não é,muito pelo contrário,isso é um grande problema.Largar os filhos a Deus-dará é um ato que refletirá mais tarde,ou mesmo instantaneamente digamos assim.Fazer a pose rebelde sem causa é algo comum entre os jovens,e a tendência é só piorar,ja que a educação e os valores ensinados pelos pais estão sendo postos de lado. A escola também é uma grande ajuda para se iniciar um entendimento entre pais e filhos,e minimizar o mal comportamento deles.Lembrando que uma família estruturada,unida e que preza os valores éticos e morais também é um fator que conta fortemente para que os adolescentes não crescam rebeldes.
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