Bom, seguindo o planejado, falo agora do segundo capítulo do livro "Política"
Tenho ouvido de alguns alunos reclamações sobre o tema proposto a ser estudado. Os comentários são quase sempre os mesmos: "política é chato" "não é interessante", e por ai vai.
Para tentar desmistificar um pouco o tema, recorro ao próprio livro. Eis algumas passagens do segundo capítulo que considero interessantes para debate:
- "Cada ato nosso, ou cada maneira de ver as coisas, pode ser examinado à luz da concepção política" (p.22)
- " ... quando estamos pensando em cuidar de nossa vida apenas, sendo "apolíticos", na verdade estamos somente com a vista curta ou então somos comodistas..." (p.23)
_ " A Política não é, pois, apenas uma coisa que envolve discursos, promessas, eleições ou corrupção.." (p.27)
_ " ...(a Política) É a condução de nossa própria existência coletiva, com reflexos imediatos sobre nossa existência individual, nossa prosperidade ou pobreza, nossa educação ou falta de educação, nossa felicidade ou nossa infelicidade" (p.27)
Enfim, deixo uma reflexão para vocês, caros alunos: Quando você diz que não gosta de política, você está tomando uma decisão. Essa decisão afeta só a você ou a toda a sociedade? De que maneira?
Recorro ao próprio livro para comentar a reflexão proposta.
ResponderExcluir(...) "Quando alguém diz, como é frequente lermos em entrevistas aos jornais, que “não liga para a Política”, está naturalmente exercendo um direito que lhe é facultado pelo sistema político em que vive. Ou seja, em última análise, está sendo um político conservador, não vê necessidade de mudanças. Então não é apolítico, palavra que indica “ausência de Política”. No máximo, falta- lhe a consciência de seu significado e papel político — significado e papel que todos têm —, uma coisa muito diferente. Pois o apolítico não existe, é somente uma maneira de falar, por assim dizer.
(...)
É claro que uma pessoa pode não se preocupar com a Política e os políticos. Trata-se de uma escolha pessoal perfeitamente respeitável. Mas, quando se age assim, deve-se ter consciência das implicações, pois se trata de uma atitude de passividade que sempre favorece a quem, em dado momento, está numa situação de mando dentro da sociedade.
(...)
Não há nada de sujo, intrinsecamente, na atividade política. Os políticos (no sentido mais estreito da palavra, porque, no sentido mais amplo, os políticos somos todos nós, cidadãos, mesmo que não queiramos ou saibamos) são gente como nós."
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir